Origens dos lobisomens
É difícil apontar a primeira referência do mundo aos lobisomens. Um dos mais antigos escritos conhecidos "A Epopéia de Gilgamesh", é um candidato provável. Nele, Gilgamesh recusa-se a ser amante da deusa Ishtar por causa do comportamento cruel dela com os seus pretendentes anteriores. Ishtar transforma um pastor de ovelhas, em um lobo, fazendo-o inimigo de seus amigos, de suas ovelhas e até mesmo de seus próprios cães.![]() AFP/Getty Images |
Ambos os escritos anteriores são antigos e sugerem que a ideia de homens se transformando em lobos tem habitado o mundo desde os primórdios da civilização humana. Além de antiga, a ideia é amplamente difundida. Na maioria dos lugares, se um lobo vive ou viveu em uma região particular, os contos folclóricos dessa região incluem os lobisomens. Nas regiões onde não existem lobos, as histórias falam de pessoas que se transformam em outros animais carnívoros. Histórias vindas de partes da África (em inglês) falam de pessoas que se transformam em hienas ou crocodilos. Nos contos folclóricos chineses, as pessoas se transformam em tigres, e em histórias japonesas, elas viram raposas. Algumas histórias russas descrevem pessoas que se transformam em ursos.
Em todas essas histórias, os mutantes tendem a provocar medo. Tal medo surge de três fontes principais:
- O animal que a pessoa se torna é um carnívoro poderoso, grande - ele é assustador mesmo sem intervenção sobrenatural;
- Ao sofrer a transformação, a pessoa vira algo que amedronta, não tendo como escapar;
- Se a licantropia for transmitida por uma mordida, a vítima enfrenta a ameaça contínua de sofrer espantosas transformações indefinidamente se sobreviver ao encontro.
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